sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Dezessete coisas mais uma
De tudo, restam agora:
O sorriso e a fina ironia da vendedora da loja onde compramos almofadas de chita em forma de flor
A receptividade suada do dono da Estalagem Colonial
As casas em miniatura que garimpamos em Paraty no último segundo
A pantera preta guarani que virou a nova guardiã da casa.
A Jovelina dormindo com a cabeça para fora do banquinho, depois da vacina
O cachorro gordo, fofo e cheiroso que fez cocô na porta da loja.
O anel lilás com alma maia presente da irmã que foi passear pelas bandas de Tijuana
O tombo mais suave que já levei, na rua mais pedregosa em que já caminhei.
A garoa que anestesia São Paulo na primeira semana de janeiro
Quem diz tenho tantos Janeiros em vez de Anos
Barulho de flecha furando o ar.
A cachaça de banana e o ínicio de uma história de amor bandida
O queijo-manteiga e todas as coisas que são fáceis de derreter
Lua amarela derretida
Amor amadurecendo feito amora verde que de repente preteia
A matéria com o DJ cego que ainda não saiu
O depósito que ainda não fizemos
As ideias que não anotamos
A romã que ainda não repartimos
As fotos, só as bonitas e bobas, da Praia do Sono
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Essa coisa do tantos janeiros é bem boa! Que no fundo a virada do ano chega como um aniversário mesmo, com abraços, telefonemas e desejos de renovação, os melhores pensamentos. Daí que é bonito pensar que comemoramos o aniversário da Terra (ou quase isso) como um aniversário nosso e de todos. E é legal imaginar que de certa forma todos (re)nascemos no mesmo dia, assim simbólico, mas carregados dos melhores pensamentos. Um 2013 cachaça-banana pra você, Nana!
Tata, muito amor! Feliz ano novo, flor de lótus!
Postar um comentário