Meu pé de feijão
Por Paula Desgualdo
Comprei uma caneca verde e pequenina para recebê-los. Três feijões. Era o que cabia dentro dela. Um bocado de algodão molhado e pronto. Igualzinho na infância. O banheiro é mais iluminado, pensei. E lá eles ficaram. E lá suas cascas começaram a se romper em inacreditáveis 48 horas. E lá eles se contorceram para que dos grãos nascessem lindos pares de folhas verdes. Guardam em si tudo o que precisam para crescer, explicou a irmã. É só colocar água. Emprestei todo o meu carinho. Gotas despejadas com cuidado, mais algodão para sustentar o caule. Gostaram, os feijões. Encantada diante da vida que floresce, olhos brilhantes iguaizinhos aos da infância, acompanho seu desenvolvimento duas, três, quatro vezes ao dia. No escuro, observo as folhas se encolherem, à espera do amanhecer. Aí o sol vem e elas se exibem todas, sabidas de sua beleza. E eu rio aqui dentro. Junto ao meu pé de feijão.
Nota da autora do blog. É a sua energia do crescimento que tá fazendo o feijão crescer rápido assim, irmã. Como ela cresceu, como ela cresce a cada dia, energia-feijão!
Um comentário:
tamo junto!
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