sexta-feira, 27 de novembro de 2009

No Rio de Janeiro...


Caminhei de mãos dadas no calçadão
comi risoto com camarões fresquinhos na simpática Trattoria
comprei uma canga de turista e tomei sol em Ipanema
estiquei minha canga em Copabacana, vendo o sol se pôr
sentei no café do Copacabana Palace e ganhei três bolachinhas
vi os garotos jogando futebol na beira do mar
flagrei um casal feliz dizendo "toca aqui!"
fiquei besta com a quantidade de vendedores na praia
conheci um bistrô pra lá de charmoso chamado Zazá
tomei caldinho de peixe e comi pastel de Santa Clara em frente ao Largo do Machado
me encantei por uma árvore na lagoa (as sementes vieram na mala, na esperança de que ela cresça também por essas bandas)
testemunhei um padre maluco casar dois desconhecidos
e as bodas de Nicolas Taunay
bebi (alguns...) chopes no Jobi, derrubei (um) chope no Jobi e conheci a filhinha do Otto, no Jobi
me perdi nos espelhos da Confeitaria Colombo
me encontrei nos espelhos do 11º andar de um hotel no centro
acordei e dormi olhando o Cristo Redentor
perguntei o nome de alguns taxistas e ouvi boa música no carro de um deles, cujo nome não me recordo
cantei A Gente Esquece com a Teresa Cristina, na Lapa (embalada por duas deliciosas caipirinhas de maracujá)
usei, pela primeira vez, meu vestido florido de Nova Orleans
não mergulhei, mas mergulhei os pés nas águas geladas do mar azul, azul. E foi suficiente
No Rio
amei
amei assim como a menina amou o livro em Felicidade Clandestina, conto da Clarice Lispector

mais felicidade
menos clandestina.

e, dentro da mulher, vai sobrar a dúvida: será que ele compreende mesmo o tamanho disso?

(publicado originalmente no blog secreto das meninas da baia 63, em 27 de maio de 2008)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que saudade imensa dessa mulher linda e sensível. Que vontade imensa de pessoas assim! Beijo, Nan.