quinta-feira, 4 de março de 2010
bregança paulista
Certos momentos ficam grudados na gente como cola Super Bonder. O segurança já não me impede mais e entro na lanchonete totalmente zureta, peço uma porção de linguiça e é gigante e um homem gordinho briaco ao lado não para de me olhar e fala alto com os amigos: "Será que ela vai aguentar?". Fiquei duas horas sentada na sarjeta em frente ao Estádio do Bragantino esperando a Lanchonete do Rosário abrir. "Ô, garçom, você não trouxe pão para a menina...". Eu olho de soslaio e abro um sorrisinho, agradeço. Ele se incomoda porque estou em pé. "Garçom, arruma um banco para ela!". Sento. Não, gordinho, você não vai conseguir me irritar, eu tô com a bunda quadrada e com mais sono que urso um dia antes de hibernar. "Servido, amigo?", ofereço. Diz que não com a cabeça, os compadres dão risada, depois acaba aceitando. Linguiça boa pra cacete, sabia que tava de cobiça pro meu lado. Deixo mais da metade da porção no balcão e vou embora para a Serrinha. Dois pastores alemães me aguardam na porta do quarto, e eu tenho medo do homem do quadro renascentista em cima da minha cama. Mas amanhã vai ter pão de queijo quentinho no café da manhã.
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