Não é preguiça, e não vou culpar a coitada da falta de tempo que ainda não conseguiu tirar os bobs do cabelo. Mas é que as palavras dos outros tem falado tanto.
"viagem. quando a margem vira rio. quando os nomes soam vazios e viram somente palavras que não querem dizer nada. só o que dizem. quando "bom dia" é "bom dia" e as cenas que eu já vi, eu nunca antes tinha visto. estar onde só se está. não precisar nem saber. estar só, interminavelmente só, somente por um intervalo. não ter o que dizer e não querer dizer nada. fartar-se de outras latitudes e ver a água girar ao contrário. daí saber que se está no meio de outro lugar do mundo e que o mundo é só mundo e que todos somos só uma margem. é bom ser margem e ninguém. por uma vez, agradecer que ninguém me entende e nem quer entender".
viagem, da Noemi, aqui.
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