quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O físico
Entrei no carro 15 minutos atrasada, pedindo desculpas pela espera. Na hora, senti que ele tinha uma presença boa. A voz calma, uma certa doçura. Lá pelas tantas, depois que seu telefone tocou e eu demonstrei me incomodar com uma leve grosseria da pessoa que ligava, ele deu uma risada gostosa e disse que aprendeu a não dar trela para esse tipo de coisa. Como? "Metafísica". Simples assim? "Mudou minha vida, sem brincadeira. Eu tinha uma doença, tomava um monte de remédio, sofria, sofria, e quando entendi que nossa mente tinha tudo a ver com o que acontecia com nosso corpo, tudo mudou. Nem gripe tenho mais".
Eu lembrei do Aprígio, vendedor de milho que afirmou não ter gripe nunca porque come muito milho e milho é bom demais para a saúde (e eu não fico gripada há séculos, acho isso um tanto estranho, mas as dores na cuca não me largam).
Aí o cabra desatou a falar sobre metafísica, e de repente disse que também gostava muito de numerologia. "Você, por exemplo", falou, "sua alma é 9", e procurou com os olhos o papel onde estava escrito o meu nome. "Já sei, por exemplo, que você é uma pessoa muito solidária, que se doa, e por isso perde muita energia às vezes". Juro. E explicou mais uma série de coisas, "você tem muito número tal no seu nome, o que indica que é uma pessoa comunicativa, expansiva".
Chegamos ao Mercadão em tempo recorde, ele achou um lugar para estacionar bem na frente, encontrei as melhores bolinhas de wasabi, comi uma jabuticaba que estava um mel e o encontro com os vendedores da r. Santa Rosa foi bacana pra caramba. Que manhã esquisita boa.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Oi querida, que surpresa boa! Vou vir aqui te visitar tbm. bjs, vê
ahahaha. já sei de quem você tá falando. o motorista-artista, né não?
Postar um comentário