quarta-feira, 20 de novembro de 2013
felicidade
Eu me sinto tão feliz
Eu não sei desenhar essa felicidade, mas um dia me veio a imagem de uma bola que vai crescendo e se expandindo dentro de mim, o que não deixa de ser literal.
Me sinto um pouco o Cat Stevens quando parou a música e confessou que não lembrava de sua própria canção, pedindo ajuda ao teleprompter. "A opinião dos outros já não é o que importa mais e sim sua própria satisfação pessoal", como escreveu o Jota.
Não sinto nada diante de um sério problema corriqueiro, não me tiram mais do trilho. Amo todos os domingos, até os muito quentes, e todas as manhãs de segunda-feira. Amo a tosse seca insuportável que me acompanhou por 15 dias. Amo os quartos de bebês mais bobos. Amo até minha forma mais feia, minha explosão mais sem sentido. Amo tudo indiscriminadamente. Paz e amor, 70's total, chá de cogumelo, também magia e meditação, Legião Urbana, amo tudo, aceito tudo.
Você está aqui, você está dançando dentro de mim. Se eu toco a barriga você chuta bem naquele pedacinho que eu estou tocando, e por essa generosidade sempre lhe serei grata.
Bebê generoso, agitado, mas não agitadiço, bebê que não mexe depois de um chocolate, mas mexe muito com rabada. Me faz comer pimenta, sonhar com um escondidinho de linguiça e trocar sorvete de chocolate por limão. Bebê que dançou o tempo todo no show do Cat Stevens.
A gente vai fantasiando. A gente vai sentindo.
Nessa semana nasceram muitos bebês. Nasceu o menino da Jana, chegou o tempo dele, finalmente, depois de a mãe ter insistido algumas vezes "vem, nenem, vem". Chegou a princesa cabeluda da Lelê. Imagine só que há duas semanas encontrei a Lelê na porta da Galeria Ouro Fino, com aquela barriga pontudona que agora é Luisa. É emoção demais.
Às vezes sinto que você já está aqui fora. Hoje no almoço com seus avós no Paulistano você entendia tudo. Principalmente de manhã, na hora de acordar, sinto a sua presença deste lado aqui muito forte. Ontem à noite, subindo as escadas para ver o móbile no quarto, senti cheiro de nenê!
"Take it slowly", canta o Cat. Há 15 dias fiquei sabendo que alguma coisa já começou. E venho conversando com você, com carinho, te pedindo pra esperar um pouquinho. Não que precise pois eu acho que quem mais entende tudo de ritmo e timing neste trio é você.
Quanto mais se aproxima a sua chegada, mais feliz eu me sinto e esse é um sentimento involuntário e blindado, sem cor nem som, que tem raízes mas voa.
Eu não sei de nada, filho, só sinto e fantasio, mas quando chegar a hora de você dizer "I know I have to go away", é nesse lugar que eu quero estar.
foto, produção e engenharia da foto: dad
trilha sonora do post: "Father and Son", de Cat Stevens
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6 comentários:
Plenitude, Barrigão! Tudo é divino, maravilhoso. E você compreende isso, agora, mais que qualquer baiano! Amor por vcs!
Como vc é LINDA Nanoca!
ô meu Deus!
Que amor, só de ler!
Gente do céu, não é a definição perfeita do que é amor. É o sentimento sentido-lido, nossa senhora.
Ai, Nana… o mundo agradece <3
Nana, eu fiquei emocionada de ler, sabia? Eu nunca tinha vindo aqui. Também faz tempo que não te vejo. Mas agora serei visita frequente. Que lindo! Muito mais amor para o seu trio.
Obrigada, minhas amadas! Fábia, que delícia de visita, ô querida, que bom, volte sempre sempre <3
Que lindo Nana, querida! Quanta emoção! Curte mesmo, cada segundinho porque a vida pode ser muito encantada se soubermos olhar para ela dessa forma. Adorei seu texto. Felicidades para vcs! Bjs, Carol Pareto
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